Alfred Lennon - um pouco de sua história

A maior parte das informações desse texto, pós-1990 vem do livro “Daddy Come Home: The True Story of John Lennon and His Father” de Pauline Lennon, a segunda esposa de Freddy Lennon, o pai de John. O livro foi escrito principalmente utilizando a autobiografia não publicada de Freddy Lennon, que foi escrita durante o seu afastamento do John; Freddy queria dar o manuscrito à Lennon após a sua morte, para que John viesse a conhecer a verdadeira história de sua vida e o desmembramento de seu casamento com a mãe de John. Contrariamente a popular "lenda urbana", Freddy não abandonou John Lennon com cinco anos de idade, em seguida, e apareceu durante a Beatlemania com a mão para estendida. Freddie Lennon não era perfeito, mas ele fez inúmeras tentativas para manter seu casamento para o bem do John, assim como para ser um bom pai.

Poucas pessoas sabem que John Lennon tinha uma meia-irmã que desapareceu da face da terra. Durante a guerra, Freddy Lennon era um marinheiro mercante que regularmente enviada o seu dinheiro para sua esposa Julia e seu filho John. Freddy passava inacreditavelmente longos períodos de tempo no mar. Em 1944, Julia Lennon, mãe de John, iniciou um caso amoroso com um soldado galês chamado galês Williams, que estava estacionado em Liverpool. Ela já tinha em mente o divórcio Freddy. Julia engravidou de Williams.

Freddy veio para casa e para seu choque Julia estava grávida. Ele foi confrontar o soldado. Ele começou por dizer o soldado que ele ainda amava Julia. O soldado disse que ele queria se casar com Julia. Freddy sugere que os dois fossem conversar com Julia.

De volta à sua casa, Freddy fez a oferta que ele ia ficar ao lado de sua esposa e criar a criança como seu filho, mas Julia o rejeitou com um audacioso comentário. Freddy, em seguida, fez menção do bebê e do fato de que o soldado galês queria se casar com ela. Julia disse imediatamente o soldado galês para "sumir".

O soldado Galês Williams, estava em choque absoluto, tanto que Freddy e seu irmão mais novo Charlie se sentiram tão mal por ele que o levaram para tomar uma bebida para consolar o rapaz. O soldado disse que seus pais eram ricos e que ele tinha a certeza que iriam adotar o bebê. Freddy parecia acreditar que esta era uma boa idéia.

No entanto, Julia decidiu dar o bebê para adoção. Não só ela via o bebê como empecilho ao seu despreocupado estilo de vida, mas também a sua própria família estava pressionando-a para que abandonasse a criança, também.

Em 19 de junho de 1945, Julia deu à luz Julia Victoria Williams, que foi rapidamente adotada por um capitão norueguês. Os registros foram destruídos em Liverpool. John nunca soube que ele tinha essa meia-irmã até que ele fosse um adulto. Ele pediu a seus advogados para que colocassem anúncios em jornais noruegueses e contratou um detetive particular, mas nada aconteceu.

Naturalmente, muitas excêntricas fugiram da palavra trabalho alegando ser a meia-irmã de John. No entanto, em 1996, uma mulher norueguesa chamada Ingrid decidiu pesquisar sobre sua os registros de sua adoção e teve uma grande surpresa! Ingrid não tomou qualquer atitude até alguns anos mais tarde, porque ela queria esperar até depois da morte de sua mãe adotiva porque ela sentiu que, caso contrário teria magoado sua mãe demasiadamente. Ingrid tinha todas as provas documentais e só tomou a atitude de dar um tempo à coisa toda. Ela disse que se sentia lisonjeada em ter parentesco coma John Lennon, mas disse que sua família, mas que sua família adotiva era a sua verdadeira família. Ela seguiu carreira e trabalhou como gerente de uma empresa que fazia limpeza em casas sofisticadas e que estava muito satisfeita com sua vida. Ingrid retornou ao seu anonimato e nunca tentou tirar vantagens financeiras de sua conexão com John Lennon.

Tradução e organização de texto: Sergio Machado

A Carta de Julian Lennon Sobre os 20 Anos da Morte de John


Muitas pessoas têm me telefonado e mandado e-mails com perguntas sobre os Beatles, sobre papai e sobre quais são meus pensamentos no aniversário de 20 anos de sua morte. Eu decidi que quando os sinos badalares e os fogos forem queimados no fim do ano, em 2001, eu vou finalmente parar de falar sobre papai e sobre os Beatles para qualquer um exceto por dizer que eles foram uma grande influência em minha vida, musicalmente! Tudo já foi dito e eu não tenho mais nada o que oferecer. Eu sinto que, no passado, várias pessoas me consideraram um livro de conhecimentos sobre esta questão, o que eu realmente não sou! Eu nasci John Charles Julian Lennon, no dia 8 de abril de 1963 e vivi com meu pai biológico, John Lennon, por apenas alguns anos. Depois disso, eu só o vi um punhado de vezes antes que ele fosse assassinado. Tristemente, eu nunca conheci o homem realmente. Eu considero o trabalho que ele produziu incrível, assim como o que ele alcançou com seus três amigos, Paul, George e Ringo. Porém, seu trabalho não me deu uma visão clara do que sua vida realmente era ou sobre como ele se sentia a respeito.
A vida é difícil o bastante. Tentar achar a própria identidade a torna ainda mais difícil, especialmente quando não é permitido que você seja você. Como você poderia definir sua própria personalidade quando todas as pessoas exigem de você respostas sobre a vida de outra pessoa. Uma vida para qual você não tem respostas! Eu não sou John Lennon e nunca serei! Eu nunca vivi sua vida e nunca viverei! Ainda assim, muitas pessoas acham que eu tenho todas as respostas! Bem... Eu não tenho! Eu sinto muito por todas as almas perdidas que têm que procurar pela verdade fora de si próprias. Tudo vem de dentro, é só uma questão de entrar em contato com isso. Você se informa com o que vem de fora, mas você entende por dentro.
Passei por uma série de relações de amor e ódio com papai, se ele estava aqui ou não. Eu acho que é bem parecido com qualquer outro relacionamento, exceto pelo fato do nosso ser público e exposto para que todos vissem se eu gostava ou não. Houve muita raiva em minha vida durante a minha adolescência porque eu não entendia o que estava acontecendo ou pela a que as coisas eram do jeito que eram. Eu tinha bastante ódio de papai por causa de sua negligência e sua atitude de paz e amor. Essa paz e esse amor nunca chegaram até mim. Imagino o que teria sido se ele estivesse vivo hoje. Acho que iria depender de ele ser 'John Lennon' (papai) ou 'John Ono Lennon' (alma perdida e manipulada).
Assim que eu comecei a prestar atenção em sua vida e realmente entendê-lo, comecei a me sentir tão triste por ele. Porque ele outrora havia sido uma luz-guia, uma estrela que brilhava para todos nós, até ser sugado para dentro de um buraco negro e toda a sua força, consumida. Embora ele fosse definitivamente receoso quanto à paternidade, a combinação disso com de sua vida com Yoko Ono conduziu nosso relacionamento ao rompimento. Nós não nos vimos por longos períodos e, como diz o provérbio, fora da vista, fora da memória. Porém os Beatles não desempenharam papel algum ou o que quer que seja em nossa separação.
De qualquer maneira eu só gostaria de dizer que, onde quer que ele esteja, espero que ele perceba os erros que cometeu assim como eu percebi e espere nunca repeti-los. Eu tenho um irmão e amo Sean demais e espero que ele seja capaz de lidar com seu destino. Uma coisa é certa: ele tem um irmão mais velho que vai protegê-lo e amá-lo até o fim, aconteça o que acontecer.
Mantenha o queixo erguido, garoto!
Espero que você faça a coisa certa sobre papai. Tomara que o karma prevaleça.
E papai, onde quer que esteja que sua luz brilhe tanto quanto a nossa!


Julian Lennon
“4 de dezembro, 2000”

Tradução:

Sergio Machado

Rocky Raccoon e a tal "Gideon's Bible"


A “Gideon’s Bible” (Bíblia de Gideon) é na verdade, um produto de uma "empresa" cristão-evangélica dedicada a distribuir cópias da Bíblia em mais de 80 idiomas em mais de 180 países. A empresa ganhou fama por distribuí-las em quartos de hotéis. A empresa foi fundada em 1899 em Boscobel, Wisconsin como uma organização de apoio a Igreja Católica. Começou distribuindo bíblias gratuitas em 1908, quando as primeiras bíblias foram colocadas nos quartos do Hotel Superior em Iron Mountain, Montana. (foto abaixo)

Para ter acesso ao site da empresa, basta clicar no link http://www.gideons.org. Essa distribuição de bíblias acabou virando "conto do vigário" como bem retrata o filme "Lua de Papel" dirigido por Peter Bogdanovich em 1973, onde muitos aplicavam o golpe da bíblia nos anos da Grande Depressão norte-americana. Os cruzamentos de informações são inúmeros! Apenas como curiosidade musical, o tal Rocky Raccoon, o marido traído por Magil, nessa estória ambientada em cenário de Velho Oeste Americano, na verdade acha que o amante de Magil chamava-se Gideon (segundo o próprio McCartney explica!), meio que para estereotipar “Rocky” como um sujeito "tosco".


Ajudando os Viajantes a Manter a Fé


A Gideons foi uma idéia original de dois caixeiros viajantes forçados a compartilhar um quarto em um lotado hotel em Wisconsin em 1898. John Nicholson e Samuel Hill, ambos cristãos evangélicos, deram início a uma organização voltada a viajantes comerciais no ano seguinte. Um terceiro fundador, Will Knights, escolheu o nome Gideons inspirado no nome do herói bíblico citado nos capítulos seis e sete do Livro dos Juízes constante no Velho de Testamento. O Gideon Bíblico abate seus inimigos em batalha, mas foi escolhido como uma figura que colocou a fé e obediência a Deus perante seu próprio julgamento.


Em suma:
Prevalece a máxima: "Business as Usual"... e os Beatles, ou melhor, Paul McCartney,  soube fazer bom proveito do business norte-americano!