A Linha do Tempo dos Anos 60

Talvez a música Helter Skelter, considerada por muitos, como primeiro "Heavy Metal" da História, estigmatizada por Charles Mason quando do brutal assassinato de Sharon Tate e mais quatro amigos na casa localizada em Cielo Drive, nas colinas de Hollywood, onde Sharon, grávida de oito meses, residia com seu marido Roman Polanski em 09 de agosto de 1969, também possa ser a trilha sonora do que foram os anos 60, aqui descrito em seus fatos mais marcantes!

The 60's Time Line

O Contexto em que Os Beatles Surgiram

É importante ressaltar o contexto social, político e econômico onde os Fab4 estão inseridos, considerando-se que John, Paul, George e Ringo sejam talvez os mais famosos "Baby Boomers" no mundo!

Esse vídeo também mostra um pouco do surgimento do rock'n'roll negro e sua influência nos jovens britânicos que deram início à 1ª Invasão Britância nos E.U.A.



OS BEATLES - UMA ANÁLISE DE SUAS CRENÇAS, BUSCAS E INCERTEZAS - 1

As cores mórbidas das musicas de Lennon , me remetem a suposições de cunho ligeiramente “onanista”, uma vez que não possuo (ainda!) qualquer documento que possa embasá-las, mas algo me diz (não deus...talvez minha sintonia com o universo) que em I Want You, Lennon dentro de suas terapias “Primal Scream”, realmente queria, e o que deixava louco, conforme berra na citada canção, era deus, esse deus tão propalado dentro de uma perspectiva cristã (cá entre nós, mais ambígua que tudo que já vi ou li), o qual não encontrou pelo simples fato de que dentro de tal perspectiva, não o encontraria mesmo (que me desculpem os crentes que possam pensar de forma diferente, mas é assim que penso).



Quando buscamos um pouco de aprofundamento quanto à compreensão (ou tentativa de..) de Strawberry Fields, ainda dentro de minhas suposições onanistas, penso que Lennon buscasse informar que mais prático seria viver dentro de um manicômio do que buscar deus, afinal ali, “nothing is real and nothing to get hungabout...”, sendo assim, o que poderia ser mais cômodo que “Campos de Morango Para Sempre”???


Penso que o verso chave possa ser “That is you can't you know tune in but it's all right, that is I think it's not too bad” (“Ou seja, você não consegue, você sabe, entrar em sintonia, mas tudo bem, ou seja, eu penso que eu não seja tão mal”) e quando faz menção dos opostos “high and low”, pode ser que haja uma referência subliminar dos conceitos cristãos de “céu e inferno” (nada posso afirmar com convicção visto a falta de embasamento documentado) tão enraizados nas mentes humanas por obra dos “Money Makers” religiosistas???

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Finalmente, essa mente perturbada de Lennon, um dia acorda e resolve romper com o medo “cristão” (todos somos, fomos ou seremos tementes até quando agüentarmos...no meu caso...um dia acordei!) e esbravejar que não acreditava em deus, jesus, Beatles, elvis e tantos outros mitos em seu "testamento" sobre deus, quando na canção God, deixa bem claro que "O Sonho Acabou", a meu ver, o principal sonho, o de que deus existisse. Penso que essa seja a grande revelação que esse antes-cristão nos revela, dentro de toda sua realidade perante as irrealidades dicotômicas, e ainda dá satisfação à humanidade, que sempre tinha olhos para ele, e como!


O homem Lennon quase precisou se justificar ao papa (como se o papado tivesse algum valor exceto faturar alto!) quando disse que eram mais populares que cristo... e daí??? Já era o início de sua longa jornada de questionamentos e buscas, penso eu.


Lamento que Lennon tenha tido de “gritar” em suas terapias, para romper com os temores cristãos. Só foi encontrar a tão almejada “paz” quando se despiu das vestes cristãs e tratou de por a mão na massa, buscando o ativismo político. Quando, de verdade vestiu suas roupas originais. E dentro de um prisma político, há pouco espaço para crenças ou religiosimos (é claro... para aqueles que não misturam religiosismos com Real Politik para angariar votos!).

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Harrison seguiu um caminho alternativo, na prática, buscou uma abordagem mais tranqüila para encontrar essa tão almejada paz de espírito e tomou o trem para a Índia. Lennon foi junto e não tendo encontrado o deus dentro nos parâmetros cristãos, escreveu Sexy Sadie...


O grande mérito de George, em minha opinião, foi ter se apegado a algo com afinco que lhe ajudasse a manter o equilíbrio do espírito, esse hoje, mais rotulado como “energia”, ainda assim, a única verdade nesse circo de horrores implantado por Constantino I na Roma Antiga para reerguer o decadente Império Romano lá pelo ano 300 “depois de cristo” (quem fez essa divisão afinal?), que desvinculou o espírito da “Money Maker Mor”.


Lamento que o fundamentalismo cristão tenha se espalhado por todas as outras formas de crenças, pois, dentro de minhas convicções, Harrison não conseguiu ficar imune ao apego ao “Senhor”, aí se entenda “My Sweet Lord”, querendo vê-lo, senti-lo e tudo mais, e lamentando que demorasse tanto... Harrison era o homem certo no planeta errado (ao meu ver). Pelo menos, consegui ficar por aqui em equilíbrio, o que em si, já é um grande feito, quando a ordem das tábuas (que nunca vi!) impõe o temor e esse, impõe aos mais questionadores, a possibilidade do desequilíbrio.


As questões para Harrison eram urgentes, enquanto para Lennon, eram desesperadoras.

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OS BEATLES - UMA ANÁLISE DE SUAS CRENÇAS, BUSCAS E INCERTEZAS - 4

Nesse ponto, chego a acreditar que os únicos com “Software Livre” eram e continuam sendo MacCartney e Ringo, uma vez que não enxergo conflitos nesses dois senhores, oriundos de “Windows”.


Não consigo, por mais que force a mente, me recordar de alguma canção McCartniana ou Ringoniana onde questões religiosas sejam expostas em forma de dúvidas ou apegos. Penso que o velho Macca, bem como o velho Ringo (velho na acepção carinhosa da palavra), sejam os verdadeiros agnósticos dentro dos Fab4, embora tenham sempre protegido tal informação até para não serem vistos com outros olhos.


Talvez essa seja uma das razões pelas quais o Macca seja mais lírico, mais dócil musicalmente falando, talvez por contemplar o Universo como verdade, não se restringindo a pré-conceitos. Para ilustrar essa abordagem descentralizada de dogmas e qualquer outro vocábulo, gostaria apenas de citar o comentário lúdico-realista de Macca quando soube da morte de sua mãe do alto de seus 12 ou 13 anos, quando virou-se para o irmão e indagou: “E agora? Como vamos fazer sem o salário dela?” (uma vez que a principal fonte de sustento da família vinha dela).


É claro que o Macca já se retratou dessa indagação várias vezes para efeito de imagem, mas sinto ali um indício de sua liberdade de cunho libertário. Para mim, tanto Macca quanto Ringo, são sagazes libertários disfarçados de “cristãos”.

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OS BEATLES - UMA ANÁLISE DE SUAS CRENÇAS, BUSCAS E INCERTEZAS - 5

Enquanto Lennon se explicava para uma Klu Klux Klan enfurecida, composta de sulistas norte-americanos a serviço do departamento mais sombrio da igreja católica, Macca dissimulava (nem chegava a sentar no muro... talvez por não vê-lo) e Ringo nem dava as caras, pois tinha mais o que fazer, e acima de tudo, nem ele nem George, eram sustentáculos de Lennon como foi Paul, que “tinha” de estar ali na hora.


Lembro-me bem de uma apresentação de Ringo no programa Storytellers do canal VH1, onde explica que ele e George resolveram um dia compor uma música. Ele afirma que se sentaram para discutir sobre o que iriam abordar na mesma, e George, de pronto lhe disse: “Vamos falar de deus” ao que Ringo rebateu: “Não! Não quero falar de deus” (enfatizando a palavra com ligeiro deboche) e George continuou a sugerir temas de cunho religiosistas, sempre refugados por Ringo, até que sugeriu o tema “Paz” ao que Ringo disse: “Ok! Paz! Vamos falar sobre paz!” (entendo que ele tenha sempre estado em paz, assim como o Macca), e daí nasceu “It Don’t Come Easy”.


Ou seja, Ringo já manifestou suas opiniões ou falta das mesmas sobre o assunto, enquanto Macca ainda posa de dissimulado.

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OS BEATLES - UMA ANÁLISE DE SUAS CRENÇAS, BUSCAS E INCERTEZAS - 6

Não condeno Ringo, pois creio que não há de se dar satisfações a quem quer que seja em questões dessa natureza (bem como uma infinidade de tantas outras). E dentro de um planeta onde o “bom mocismo” advém de um rótulo católico ou cristão ou de qualquer outro religiosismo, Macca guarda a sete chaves seus conceitos para continuar agradando seus fãs gregos e troianos.


Lennon questionou tanto e acabou nas mãos de um religiosista Texano (só o Universo para explicar... será que o pai - militar de patente e “espancador de esposa” nas horas vagas - de Chapman não estava lá no sul queimando discos dos Beatles em 66???).


Harrison partiu daqui, “como ansiava” para encontrar seu “Sweet Lord” (terá encontrado, ou terá descoberto, hoje em forma de energia, que poderia ter estudado um pouco de física quântica para se livrar de questionamentos?). Bem, ficam aí minhas considerações dentro de meus entendimentos sob uma óptica de Universo e não de deus e todos os religiosismos que se seguem.