OS BEATLES - UMA ANÁLISE DE SUAS CRENÇAS, BUSCAS E INCERTEZAS - 4

Nesse ponto, chego a acreditar que os únicos com “Software Livre” eram e continuam sendo MacCartney e Ringo, uma vez que não enxergo conflitos nesses dois senhores, oriundos de “Windows”.


Não consigo, por mais que force a mente, me recordar de alguma canção McCartniana ou Ringoniana onde questões religiosas sejam expostas em forma de dúvidas ou apegos. Penso que o velho Macca, bem como o velho Ringo (velho na acepção carinhosa da palavra), sejam os verdadeiros agnósticos dentro dos Fab4, embora tenham sempre protegido tal informação até para não serem vistos com outros olhos.


Talvez essa seja uma das razões pelas quais o Macca seja mais lírico, mais dócil musicalmente falando, talvez por contemplar o Universo como verdade, não se restringindo a pré-conceitos. Para ilustrar essa abordagem descentralizada de dogmas e qualquer outro vocábulo, gostaria apenas de citar o comentário lúdico-realista de Macca quando soube da morte de sua mãe do alto de seus 12 ou 13 anos, quando virou-se para o irmão e indagou: “E agora? Como vamos fazer sem o salário dela?” (uma vez que a principal fonte de sustento da família vinha dela).


É claro que o Macca já se retratou dessa indagação várias vezes para efeito de imagem, mas sinto ali um indício de sua liberdade de cunho libertário. Para mim, tanto Macca quanto Ringo, são sagazes libertários disfarçados de “cristãos”.

Continua em "OS BEATLES - UMA ANÁLISE DE SUAS CRENÇAS, BUSCAS E INCERTEZAS - 5

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